Dilema




Um trem vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre os trilhos.

Porém, você tem a chance de evitar a horrível tragédia acionando uma alavanca que levará o trem para outra linha, onde ele atingirá somente uma pessoa.

Você mudaria o trajeto, salvando as 5 pessoas e matando apenas 1?

Se você disse sim, está entre a maioria.

Esse famoso dilema foi apresentado a voluntários pelo filósofo e psicológo evolutivo Joshua Greene, da Universidade Harvard.

A maioria das pessoas disse “sim”, ou seja, que mudaria o trajeto para salvar as 5 pessoas mas matando apenas 1.

A ética utilitária há tempos tem asseverado que a ação moralmente correta é aquela que gera “o maior benefício para o maior número”.

Melhor que morra uma do que cinco. E determinar o maior benefício, segundo o filósofo alemão Immanuel Kant, é a função da razão.

De fato, quando esse dilema moral é apresentado às pessoas, a maioria sempre decide acionar a alavanca.

Agora imaginem o seguinte:

Um trem, em alta velocidade, irá atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre os trilhos.

Porém, agora só há uma única linha. O trem pode ser parado por algo grande e pesado jogado à sua frente.

Um homem alto e forte está ao seu lado. Se você empurrá-lo para linha, o trem irá parar, salvando as 5 pessoas, mas matando o homem que foi jogado sobre a linha. Você empurraria o homem?

Se você recusou empurrar o homem, também está entre a maioria.

A maioria dos participantes nos testes não empurraria o homem para a morte.

Isso sempre intrigou os especialistas em ética. Qual é a diferença?

Em ambos os casos, um morre em vez de cinco. E em ambos os casos, foi você quem executou a ação que causou a morte, e o maior benefício para o maior número.

Então por que a hesitação no segundo caso?

Tirem suas próprias conclusões.

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